Iniciar a psicoterapia, por si só, já é um ato que pode gerar bastante resistência. Medo do desconhecido, insegurança, falta de motivação, questões financeiras, entre outros, podem dificultar a procura de muitas pessoas à psicoterapia.
Passada essa barreira, existe ainda, a dúvida sobre qual psicólogo escolher. Diferentemente de outros profissionais, para a psicoterapia incorrer em benefícios, não basta apenas escolher um psicólogo e comparecer à consulta. É preciso que algo valioso ocorra: o vínculo terapêutico.
Além dessa conexão, outros fatores influenciam em um bom processo terapêutico, tais como: abordagem terapêutica, modalidade escolhida, especialidade para algum tipo de tratamento.
Não raro, ocorre o fato de pacientes não gostarem de sua terapia, e desistem em certo momento, achando que “não funciona”. No entanto, como são necessários muitos fatores em associação para uma boa terapia, é recomendado que o paciente continue buscando outras opções, pois existem muitas formas de trabalho dentro da Psicologia.
A Psicologia é uma ciência que pode ser praticada em diversas abordagens, e cada psicólogo utiliza-se de alguma linha para guiar o seu trabalho psicoterapêutico.
Minha abordagem é a Psicanálise, na qual faço especialização atualmente, e na qual me identifico.
“Ela lhe ensina a flexibilidade de voltar a si, de aí se descobrir estranho a si próprio, de se ver de forma diferente e de sentir seu mal-estar de outra maneira”. (Nasio)
A psicoterapia de orientação analítica possibilita acessar e descobrir aspectos sobre si mesmo, em profundidade. Permite criar um espaço de escuta atenta, oportunizando a fala livre do paciente, trazendo dores, angústias e fatos, que, aos poucos, trazem à tona descobertas, reflexões, e maior compreensão de sua vida. Permite ajudar o indivíduo a encontrar dentro de si recursos para lidar com os diversos acontecimentos, a levar uma rotina mais livre e espontânea.
É normal você não se sentir completamente confortável no início de sua terapia, afinal, pode ser difícil esse processo. Mas, se com o tempo, você não se sente bem continuamente e não tem confiança no profissional, não há problema em trocar de psicólogo.
Também, o momento de vida que você se encontra, entre outros fatores, podem se encaixar melhor em outra linha terapêutica. Em vez de desistir da terapia por não ter gostado, lembre-se que são vários fatores em questão, então, é ideal que continue.
Apenas encontre aquele profissional e abordagem que te trarão os resultados que procura!
VoltarJá parou para pensar na quantidade de vivências que teve e tem em seus dias, que envolveram momentos de inúmeros sentimentos, angústias, inconstâncias, contradições? A nossa vida é repleta disso, de forma contínua. Somos invadidos de questões o tempo todo ao nosso redor e dentro de nós. Muitas vezes, não paramos para refletir, são coisas que vêm e vão de forma automática. Vamos “acumulando” tudo isso sem parar por um momento.
A Psicoterapia é a oportunidade de parar. É a possibilidade de reservar um tempo da semana para si mesmo, para se olhar, para refletir, relembrar, rever, compreender, respeitar, … É abrir o caminho para encontrar em si recursos para lidar com as dores, incômodos, sintomas.
Falar sobre questões difíceis, que muitas vezes não sabemos nem como explicar, gera desconforto. É preciso ter coragem para decidir embarcar nessa jornada, encarando a si próprio, aceitando e modificando. Não precisamos ser fortes o tempo todo. Saber reconhecer quando se precisa de ajuda é um ato de autocuidado.
O processo psicoterapêutico ocorre através da relação entre psicólogo e paciente, que é pautado na confiança, no vínculo e no sigilo. Através de uma escuta qualificada, o profissional proporcionará um ambiente acolhedor e empático, sem julgamentos. O paciente fica convidado a contar sobre o que quiser, acessando diversas partes suas, podendo debruçar-se sobre suas histórias e compreende-las, reconstituir fatos e memórias, entender emoções e sentimentos.
Mais do que nos entendermos melhor, a psicoterapia possibilita ampliar nossa visão de mundo, dando outros sentidos aos acontecimentos, ressignificando-os. É possível melhorar os relacionamentos, crescer pessoal e emocionalmente, e obter maiores condições para lidar com as adversidades da vida.
“Não podemos nos curar do que não aceitamos como parte de nós mesmos.” Sigmund Freud
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